O ano de 2024 entrou para a história como um dos mais devastadores à respeito aos incêndios florestais no Brasil. A área queimada superou a média histórica de 18,5 milhões de hectares por ano em 62%, segundo o Relatório Anual do Fogo do MapBiomas.
Foram perdas ambientais e econômicas que impactaram não apenas ecossistemas inteiros, mas também a vida de milhões de brasileiros.
Em quatro décadas, o Brasil já contabiliza 206 milhões de hectares atingidos pelo fogo. Isso evidencia que estamos diante de um problema estrutural, que exige respostas contínuas e multifacetadas.
Entretanto, 2025 trouxe uma mudança positiva: no primeiro semestre, houve redução de 65,8% nas áreas queimadas e queda de 46,4% nos focos de calor em comparação ao mesmo período de 2024.
O destaque vai para o Pantanal, que registrou queda de 97,8% nas áreas queimadas, e para a Amazônia, com 75,4% de redução.
Essa melhora não ocorreu por acaso. Ela foi resultado da combinação entre condições climáticas mais amenas e ações estratégicas de prevenção e combate, como:
- Contratação de 4.385 brigadistas federais – maior contingente já registrado no Brasil;
- Renovação da frota de helicópteros do Ibama para atuação mais ágil;
- Implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo;
- Investimentos robustos: R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para combate em nove estados da Amazônia Legal e mais R$ 150 milhões previstos para o Cerrado e Pantanal.
A ameaça persiste

Apesar dos avanços, não há espaço para complacência. Os biomas Pampa e Caatinga apresentam aumentos nas queimadas e nos focos de calor. Isso mostra que o cenário ainda é heterogêneo e desafiados.
A maior parte dos incêndios tem origem antrópica, ou seja, são causados por humanos. Entre os fatores, estão:
- Uso negligente do fogo na limpeza de áreas rurais;
- Descumprimento de normas ambientais;
- Práticas criminosas;
- Focos originados em margens de rodovia.
Os impactos ambientais são severos: redução de matéria orgânica do solo, morte de microrganismos essenciais, perda de minerais, diminuição da infiltração de água e avanço da erosão e desertificação.
E os danos não são apenas ecológicos. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), mais de 11 milhões de pessoas sofrem impactos diretos das queimadas. Além disso, os prejuízos financeiros ultrapassam R$ 1,1 bilhão.
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Um caso real: incêndio em fazenda de eucalipto
A gravidade do problema pode ser melhor compreendida ao analisar casos concretos. Em 2025, uma fazenda privada de 280 hectares, sofreu um incêndio de grandes proporções que se espalhou em apenas um dia.
O resultado foi um prejuízo estimado em R$ 10 milhões, com perdas que incluíram:
- Estrutura produtiva totalmente ou parcialmente destruída;
- Possível degradação do solo fértil e perda de biodiversidade;
- Danos a equipamentos agrícolas;
- Baixo tempo de resposta frente à velocidade do fogo.
Como resultado, a lição é clara: mesmo propriedades bem localizadas e com boa infraestrutura estão vulneráveis. Sem sistemas de monitoramento e detecção antecipada, o custo de um incêndio pode significar um colapso financeiro para produtores.
Onde o risco de incêndios florestais é maior?

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de 05 de agosto de 2025, apontam que as áreas de maior risco de incêndio se concentram na região Sudeste.
O tempo seco, aliado à baixa umidade relativa do ar e à vegetação mais suscetível à combustão, cria um ambiente propício para que um pequeno foco se transforme em um grande desastre.
O papel da tecnologia no combate a incêndios florestais
Como profissional que atua na prevenção e combate a incêndios florestais, é impossível não destacar o quanto a tecnologia pode mudar o jogo. O uso de drones de alta performance para detecção, monitoramento e resposta rápida tem se tornado cada vez mais essencial.
Um exemplo notável é o Nauru 500C ISR.

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Nauru 500C ISR: alta tecnologia a serviço da prevenção de incêndios florestais
O Nauru 500C ISR é uma aeronave remotamente pilotada desenvolvida para operações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR, na sigla em inglês). Suas características o tornam extremamente eficiente para detecção precoce de focos de incêndio:
- Longa autonomia de voo: capaz de cobrir 60km sem necessidade de múltiplos pousos;
- Detecção à distância: o gimbal acoplado na aeronave consegue identificar um foco de incêndio à 30km de distância;
- Câmera térmica: gimpal térmico de alta resolução que permite identificar pontos de calor invisíveis a olho nu;
- Tecnologia VTOL: sem necessidade de pistas de decolagem, favorecendo o uso em ambientes de mata;
- Transmissão em tempo real: envia imagens e dados diretamente para centros de comando, possibilitando decisões rápidas;
- Baixo custo operacional em comparação com helicópteros e aviões tripulados.
O uso do Nauru 500C ISR em operações de combate a incêndios florestais significa ganhar minutos preciosos na dectecção de focos. Afinal, quando se fala em fogo, cada minuto conta para evitar que um foco isolado se torne um incêndio de grandes proporções.
Desta forma, em um país de dimensões continentais como o Brasil, integrar equipamentos como o Nauru 500C ISR à estratégia de prevenção e resposta é mais que uma tendência – é uma necessidade para preservar vidas, ecossistemas e economias locais.
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